Curiosidade sobre restaurações metálicas.
- Dra. Stefani Adam
- 8 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Você já se perguntou do quê são feitas aquelas restaurações escuras metálicas? É o amálgama, uma mistura de diversos metais, na qual 50% é de mercúrio, uma substância altamente tóxica! Apesar de ser utilizado há mais de 150 anos, existem questionamentos e aumento de preocupação a respeito dos riscos que podem existir para nossa saúde e o meio ambiente. Hoje sabemos que o mercúrio se desprende da restauração quando mastigamos, escovamos os dentes ou ingerimos um líquido quente, e é absorvido e levado aos nossos órgãos; os maiores alvos são o Sistema Nervoso Central e os rins. Com o passar do tempo sofremos uma lenta intoxicação por mercúrio! Em 1977, Dr Boyd Haley, da Universidade do Kentucky, revelou que o acúmulo de mercúrio causa a morte de neurônios, e que as alterações que este mercúrio liberado faz no cérebro são idênticas aquelas que ocorrem com pacientes com Alzheimer. A pergunta que se faz, tendo em vista estas informações, é: Será que devemos substituir estas restaurações de amálgama? Pesquisadores da Universidade de Calgay, no Canadá, investigaram se a remoção do amálgama poderia trazer melhora na saúde das pessoas, comparada a pessoas que não tiveram suas restaurações removidas. Eles observaram que alguns sintomas foram significativamente menores no grupo de pessoas que tiveram as restaurações de amálgama removidas: falhas na memória, problemas estomacais, fadiga, distúrbios do sono, perda do sentido do cheiro e paladar, entre outras. A conclusão foi de que a exposição ao mercúrio das restaurações de amálgama tem um impacto negativo na vida das pessoas. Por isto, outros materiais mais seguros como as resinas e porcelanas deveriam ser usadas para diminuir a exposição desnecessária ao mercúrio. O amálgama foi um material muito importante para a odontologia, e tem seu histórico e benefícios reconhecidos. Mas hoje já podemos substituí-lo por matérias mais modernos e biocompatíveis! As respostas ainda não são totalmente definitivas, mas as pesquisas mais recentes sugerem que fiquemos atentos e cuidemos da nossa saúde!

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